sábado, 20 de agosto de 2011

VENCER É POSSÍVEL!


Passando para contar a todos os meus amigos, médicos, familiares e professores que a venci mais um grande obstáculo imposto pelas limitações causadas pela hidrocefalia.

Não me adaptava na escola.

Mas minha mãe era persistente e insistia em me matricular, sem sucesso.

Apesar de existir leis que garantem a inclusão, as escolas não estão adaptadas e os professores não possuem formação adequada.

Fui presenteado com a professora Lucélia, que num momento de recuperação de troca de válvula, não podendo freqüentar a escola, ela ia até a minha casa e provou que eu era capaz de aprender.

Após a dedicação dela e longos conselhos que me dava, resolvi freqüentar a escola.

Desta vez, fui agraciado com o carinho, a atenção, compreensão e apoio da Dona Nena, minha professora do ano passado (2010) no primeiro ano e esse ano (2011) no segundo ano do ensino fundamental. Não me obrigava a nada, mas incentivou me todo o instante que estive presente na sala de aula. Sua paciência foi fundamental para que eu fosse alfabetizado.

Recebi muito incentivo por parte de todos os funcionários da escola, os mais presentes: Aldaisa (supervisora), Luzia (secretaria), Marli, Bete, Mariluce, Juliana, Marlene, Luciana, minha querida Carmélia, Milza a Diretora, Sr. Antonio, Bel, Silma e mais um monte de gente que acreditou em mim... Desculpa se esqueci o nome de alguém no momento. Mas agradeço a todos que colaboraram de alguma forma para o meu aprendizado, e peço que continuem me apoiando, pois estou muito atrasado e preciso recuperar o tempo perdido.

Realizei uma prova na quarta-feira, dia 17/08/2011, com o objetivo de ver se estava preparado para freqüentar o 3º ano, e graças à Deus fui aprovado. Errei uma questão de português e uma de matemática. O mérito não é só meu. É de todas as pessoas envolvidas nesse processo.

Inclusive a insistência da minha mãe.

À partir de 22/08/2011, vou para a sala da professora Nirlene 3º ano, espero ter a sorte que tive até agora e ser aceito por meu colegas de sala.

Agradeço a cada coleguinha de sala da dona Nena, que me apoiou, me ajudou, teve paciência e compreensão, vocês terão um lugar especial em meu coração.

TIA NENA, VOCÊ É MUITO ESPECIAL, SEM VOCÊ EU NÃO TERIA CONSEGUIDO.

ALDAISA, OBRIGADO PELO APOIO E INCENTIVO CONSTANTE, VOCÊ FEZ A DIFERENÇA.

QUERIDA LUCÉLIA, MINHA GRATIÃO ETERNA.

QUERIDA LUCÉLIA, VOCÊ ME ENSINOU A APRENDER QUE SOU CAPAZ DE APRENDER.



TIA NENA, VOCÊ ME ALFABETIZOU E ME FEZ DESCOBRIR QUE POSSO APRENDER SEMPRE MAIS!

MEUS QUERIDOS AMIGOS E AMIGAS, O CARINHO, O APOIO, A AMIZADE SINCERA DE VOCÊS, ESTARÁ SEMPRE ESCRITO EM MEU CORAÇÃO.

ALDAÍSA, VOCÊ É UMA PESSOA MUITO ESPECIAL!
APRENDIA A GOSTAR DE VOCÊ. OBRIGADO POR TUDO...

LUZIA, A SECRETARIA MAIS ATENCIOSA QUE CONHEÇO.
JULIANA, É AJUDANTE DE SERVIÇOS GERAIS MUITO LEGAL.



Aprender é possível, basta você acreditar que é capaz e ter pessoas que acreditem em você!
 
Não desista nunca...
Eu sei...
Eu sou capaz.
Eu vou vencer!
 
Gustavo Lopes Cardoso








sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais


Não há duas crianças com necessidades especiais iguais, nem as que têm necessidades especiais semelhantes. Neste texto, vamos explorar as necessidades especiais variadas e saber como estimular uma criança com necessidades especiais e ajudá-la no processo de seu desenvolvimento.



O papel dos pais



Dar amor e apoio - as crianças com necessidades especiais precisam de amor e apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com necessidade especial.



Estimule a independência - se você tem uma criança com necessidades especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos, você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante, não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa realizar sozinho cada estágio.



Todas as crianças passam por momentos em que parecem parar de melhorar ou quando podem até regredir um pouco. Esse pode ser um momento especialmente difícil para os pais, pois têm que aprender a avaliar o progresso de seu filho.



Concentre-se em objetivos a curto prazo - quando seu filho atingir um platô (estagnar seu desenvolvimento), olhe para trás e se concentre no quanto ele já progrediu. Este também pode ser um bom momento para esquecer objetivos a longo prazo e se concentrar nos objetivos a curto prazo: alimentar-se com as mãos, vestir-se, repetir a primeira palavra ou frase inteligível ou finalmente ir ao banheiro sozinho. Quando os pais concentram suas energias em um único objetivo a curto prazo, uma criança com necessidade especial pode começar a progredir novamente. Ao parar de observar como a criança lida com esses desafios, como se adapta a novas e maiores necessidades, os pais podem se ajudar a desenvolver expectativas realistas para seus filhos.



As crianças progridem mais quando os pais agem como seus advogados, escolhendo os métodos educacionais mais apropriados, definindo objetivos razoáveis e fornecendo um ambiente caloroso e protetor. Os pais deveriam enxergar a si próprios como parceiros dos profissionais na hora de planejar os cuidados de seus filhos com necessidades espaciais.



Estimulando o potencial de desenvolvimento



A partir do momento em que nascem, as crianças começam a aprender sobre o mundo ao seu redor. Elas aprendem através de seus movimentos e dos cinco sentidos. Quando um ou mais desses sentidos são danificados, a maneira como a criança vê o mundo é alterada e sua habilidade de aprender se altera. Mas com os avanços na medicina, tecnologia e nossa compreensão sobre como os bebês crescem e aprendem, podemos esperar desenvolvimento mental e físico muito maior de crianças com necessidades especiais do que imaginávamos há uma década. O tamanho desse desenvolvimento depende da extensão da sua limitação, quão breve ela foi diagnosticada corretamente e o quão rapidamente a criança é colocada em um ambiente de estímulos apropriados. Crianças com limitações mentais, por exemplo, precisam de estímulos freqüentes e consistentes devido às suas dificuldades de concentração e memória. Elas também podem ter dificuldades de percepção que tornam difícil compreender o que está acontecendo ao redor e o motivo dessas coisas.



Concentre-se no sentido debilitado - em muitos casos, as habilidades da criança podem ser melhoradas ao estimular o sentido deficiente. Crianças com distrofia muscular, síndrome de Down e paralisia cerebral costumam se beneficiar de um programa de fisioterapia que exercite seus músculos. Exercitar as pernas e pés da criança com casos graves de espinha bífida os preparam para andar com aparelhos e muletas. Já as crianças surdas podem aprender a usar sua audição residual com a ajuda de equipamentos auditivos e treinamento auditivo que aumenta e expande sua habilidade de ouvir. As crianças cegas podem afiar seus outros sentidos para ajudar a compensar sua falta de visão, enquanto aprendem sobre o mundo. E, por último, as crianças com síndrome de Down e paralisia cerebral também podem se beneficiar de terapias visuais, auditivas e ocupacionais.



Trabalhe com um fisioterapeuta - (ou terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo) programas de estímulo preparados para crianças desde o nascimento até os três anos demonstraram que mesmo crianças com necessidades especiais graves podem aprender, crescer e participar do mundo que as cerca. Os pais podem guiar muitos dos exercícios desses programas sozinhos, mas quase sempre se beneficiam da supervisão de um terapeuta especializado. O seu posto de saúde, escola pública ou secretaria da saúde locais podem ter um programa de estímulo infantil adequado ou podem lhe recomendar um terapeuta especializado que pode visitar sua casa regularmente para ajudar seu filho e ensinar exercícios e jogos adequados para você. Hospitais universitários e organizações privadas que auxiliam crianças com necessidades especiais também são boas fontes de informação.



Use brincadeiras para explorar - brincadeiras são uma importante forma de aprendizado para todas as crianças. As crianças com necessidades especiais que não podem se movimentar para explorar sozinhas ainda têm a possibilidade de aprender sobre os arredores ao viajar com a família. Dentro de casa, ela pode ser carregada ou guiada de um cômodo a outro para tocar, sentir, ver, cheirar ou ouvir vários objetos. Crianças cegas podem usar suas mãos, rostos, pés e outras partes de seus corpos para explorar e aprender. E as surdas precisam de estímulos de linguagem constantes e, como todas as crianças, precisam ouvir explicações sobre o que está acontecendo ao seu redor. Figuras em livros e revistas são outra forma de expor essas crianças a lugares, pessoas, animais e formas de vida fora de seu círculo comum.



Brinquedos dão outro meio de compreender nossos corpos e o mundo. Crianças com necessidades especiais podem ter problemas para usar brinquedos convencionais, mas os pais podem adaptá-los às necessidades deles ou criar brinquedos apropriados. Muitas comunidades possuem brinquedotecas que funcionam como recurso para fornecer brinquedos projetados ou selecionados especialmente para crianças com necessidades especiais.



No entanto, não importa o quanto um pai ou uma mãe tente dar a seu filho, sempre há limites para o que eles podem conseguir sozinhos.



por Michael Meyerhoff, Ed.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil



 
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