quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Parkinson

PARKINSON, ENTENDA O QUE É.

Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta  o cérebro. Este é um dos principais e mais comuns distúrbios nervosos da terceira idade e é caracterizado, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar. Não há formas de se prevenir o Parkinson.
"O Parkinson é a doença dos sofredores crônicos. Não adianta apenas tratar os sintomas com remédios. O ideal é saber a causa do sofrimento e agir sobre ela, só assim os sintomas serão amenizados de maneira satisfatória", explica Cícero Coimbra, neurologista da Unifesp. 

 Causas

As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. O Parkinson ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lenta e progressivamente. Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar mensagens corretamente. Isso leva à perda da função muscular. O dano piora com o tempo.
A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida, mas os médicos acreditam que uma mistura de fatores possa estar envolvida:
  • Genética: mutações genéticas específicas podem estar envolvidas nas causas do Parkinson, mas estes casos são raros, acontecem geralmente com membros da família afetados pela doença de Parkinson. No entanto, algumas mutações genéticas parecem aumentar o risco de doença
  • Meio ambiente: a exposição a determinadas toxinas ou fatores ambientais podem aumentar o risco de doença de Parkinson no futuro, mas o risco é relativamente pequeno.
 Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do Parkinson. Veja:
  • Idade: jovens adultos raramente apresentam a doença de Parkinson, pois ela é mais comum em pessoas na terceira idade. O risco do Parkinson aumenta com a idade. As pessoas costumam desenvolver a doença em torno de 60 anos de idade ou mais
  • Hereditariedade: Ter um parente próximo com a doença de Parkinson aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a doença. No entanto, os riscos ainda são pequenos, a menos que a pessoa tenha muitos parentes que apresentem a doença
  • Gênero: homens são mais propensos a desenvolver a doença de Parkinson do que mulheres
  • Exposição a toxinas: exposição contínua a herbicidas e pesticidas pode colocar uma pessoa em um risco ligeiramente aumentado de doença de Parkinson.
 Sintomas de Parkinson
O Parkinson pode afetar apenas um ou ambos os lados do corpo, e o grau de perda de funções causada pela doença pode variar dependendo do caso.
Os sintomas costumam ser suaves no início, mas como o Parkinson é uma doença progressiva, os sintomas tendem a se agravar com o tempo e a levar a complicações mais sérias. Confira os principais sinais e sintomas da doença:
  • Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
  • Constipação
  • Dificuldade de engolir
  • Babar
  • Equilíbrio e caminhar comprometidos
  • Falta de expressão no rosto (aparência de máscara)
  • Dores musculares (mialgia)
  • Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
  • Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
  • Movimentos diminuídos
  • Posição inclinada
  • Músculos rígidos (frequentemente começando nas pernas)
  • Tremores que acontecem nos membros em repouso ou ao erguer o braço ou a perna
  • Tremores que desaparecem durante o movimento
  • Com o tempo, o tremor pode ser visto na cabeça, nos lábios e nos pés
  • Pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse
  • Presença de roçamento dos dedos indicador e polegar (como o movimento de contar dinheiro)
  • Voz para dentro, mais baixa e monótona
  • Ansiedade, estresse e tensão
  • Confusão
  • Demência
  • Depressão
  • Desmaios
  • Alucinações
  • Perda de memória
 Tremor
Inicia em um membro, muitas vezes na mão ou nos dedos, notando uma fricção de vai-e-vem do polegar com o indicador. Podendo afetar o queixo, a cabeça ou os pés, ocorrer num lado do corpo ou nos dois e ser mais intenso em um lado do que no outro. Ocorre principalmente quando a pessoa está em repouso e relaxada e melhora com os movimentos. Pode piorar com ansiedade, cansaço e fadiga e desaparece durante o sono.

Reduz a capacidade do paciente se movimentar, tornando tarefas simples, difíceis e demoradas. Uma das primeiras coisas que as pessoas próximas percebem é que o doente demora mais tempo no que antes fazia com desenvoltura, como tomar banho, se vestir, cozinhar e escrever. Outros movimentos delicados com as mãos se tornam difíceis, como abotoar roupas e amarrar o cadarço de calçados. Além disso, ao escrever, a letra se torna menor (micrografia).

Pode acontecer em qualquer parte do corpo, restringindo a amplitude de movimento, causando dor e prejudicando a postura e o equilíbrio. O paciente tende a ficar encurvado e, na medida em que a doença progride, os braços e as pernas também podem ficar dobrados e a caminhada se tornar mais lenta, com passos curtos. Algumas vezes, o doente arrasta um pé ou os dois e tem dificuldade para se virar.

 Perda de movimentos automáticos

Pode acontecer uma diminuição da capacidade de realizar movimentos inconscientes, como piscar, ter expressões faciais e os movimentos dos braços diminuírem ao caminhar, como se eles estivessem grudados no corpo.

 Alterações de fala
O paciente pode falar baixo, rapidamente ou hesitar antes de falar. Seu discurso pode ser mais monótono e não ter as inflexões habituais.

 Sintomas não motores

Aparece Seborreia (excesso da camada de gordura sobre a pele), sudorese excessiva na face, tontura, alteração de memória, depressão, insônia, hipotensão postural, ansiedade, dificuldade para engolir, aumento da saliva, dores, cansaço e perda de peso também podem ser sintomas relacionados ao Parkinson.

 FASES DA DOENÇA

 Fase 1: em sua primeira fase, a doença atinge só um lado do corpo.

Fase 2: atinge os dois lados do corpo, e os sintomas podem aparecer inclusive na região da linha média do corpo (coluna).


Fase 3: aparecem as primeiras alterações no equilíbrio em consequência da rigidez muscular: "o paciente se sente preso em uma armadura dura e pesada. Quando perde o equilíbrio, não tem o apoio dos músculos do corpo, que o evitem de cair. Ele fica preso pela rigidez muscular", explica Cícero.

Fase 4: o paciente passa a necessitar de auxílio para desempenhar atividades simples do dia a dia, como os cuidados pessoais: colocar roupas, pentear os cabelos e tomar banho tornam-se tarefas difíceis.

Fase 5: a intensidade dos tremores e da rigidez muscular impede o paciente de se levantar e até de realizar atividades como comer.

 Fase 6: nos casos mais graves, pode ocorrer demência. 



O QUE DEVO FAZER CASO APRESENTE OS SINTOMAS ACIMA? 

 Busque ajuda médica,  se os sintomas piorarem ou caso apareçam novos sintomas.
O especialista que você deve consultar é um NEUROLOGISTA.

CONSULTA MÉDICA

  Tire todas as suas dúvidas sobre a doença.
 Pergunte tudo ao médico.
Responda a todas as perguntas que ele lhe fizer de forma clara e objetiva.
Ajude-o também a confirmar o diagnóstico: descreva seus sintomas com detalhes.
Veja abaixo exemplos do que o médico poderá lhe perguntar:
  • Quando seus sintomas começaram?
  • Os sintomas são frequentes ou ocasionais?
  • Há alguma medida que possa melhorar ou piorar seus sintomas? 

Diagnóstico de Parkinson

Não existem exames disponíveis para diagnosticar Parkinson.
O neurologista irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.Podendo solicitar  exames para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas.

O médico pode lhe receitar carbidopa-levodopa, a medicação típica da doença de Parkinson. Melhoras significativas nos sintomas após o início de uso desta medicação, muitas vezes, pode confirmar o diagnóstico de Parkinson.

Os médicos podem recomendar consultas de acompanhamento regulares com neurologistas especialistas em distúrbios do movimento para avaliar a condição do paciente e os sintomas ao longo do tempo para, só aí, poderem diagnosticar ou não a doença de Parkinson.

Tratamento de Parkinson

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Infelizmente, não existe cura conhecida para o Parkinson. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas.  Mas uma cirurgia pode ser necessária em alguns casos.
O médico também poderá recomendar mudanças no estilo de vida do paciente, especialmente a inclusão de exercício aeróbio contínuo no dia a dia da pessoa doente. Em alguns casos, a terapia física também será necessária para melhorar o senso de equilíbrio do paciente.


Três atitudes que podem auxiliar no tratamento da doença

  • Nada de ficar recluso. "Quanto mais tempo o paciente se fecha por vergonha dos sintomas, mais deprimido ele ficará, e isso só piora a doença. Por isso, a melhor solução é aceitar o problema e reagir", recomenda o neurologista. Um exemplo de que esta é a melhor fórmula para conviver bem coma o problema é o ator Paulo José, de 68 anos, que mantém sua rotina de trabalho e não dá chance para a doença avançar. Ele conta que até se mostra mais entusiasmado hoje, depois do diagnóstico: "Na hora de trabalhar, não tenho Parkinson?", diz o ator.
  • Família, médicos e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença. "Deixe-o fazer as coisas, ficar o tempo inteiro em cima faz com que se sinta incapaz", afirma o neurologista.
  • Praticar atividades alternativas, como artesanato e pintura, ajuda a amenizar os sintomas e alivia o estresse emocional. "A área do cérebro responsável pela concentração na hora de executar estas atividades é a mesma que provoca os tremores. Se você usa essa área para executar as atividades, diminui a produção dos tremores", explica Cícero.


Medicamentos

Medicamentos podem ajudar a tratar problemas com o andar, movimentos e tremor, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro.
Você pode notar uma melhora significativa dos sintomas após o início do tratamento. Ao longo do tempo, no entanto, os benefícios dos medicamentos frequentemente diminuem ou tornam-se menos consistentes, embora os sintomas geralmente possam continuar a ser razoavelmente bem controlados.

O médico pode prescrever Carbidopa-levodopa, anticolinérgicos, amantadinas, entre outros.

Cirurgia

  A cirurgia pode ser indicada para pacientes com Parkinson severo que já não responda a muitos medicamentos. Essas cirurgias não curam o Parkinson, mas podem ajudar alguns pacientes:
  • Na estimulação cerebral profunda (DBS), o cirurgião implanta estimuladores elétricos em áreas específicas do cérebro para ajudar o movimento
  • Outro tipo de cirurgia destrói os tecidos cerebrais que causam os sintomas do Parkinson. 
FONTE:  http://www.minhavida.com.br/saude/temas/parkinson
               http://vivabemcomparkinson.com.br/
               http://www.brasil.gov.br/saude/2014/10/conheca-os-sintomas-do-mal-de-parkinson
               http://www.minhavida.com.br/saude/materias/10236-dor-emocional-e-a-principal-causa-do-mal-de-parkinson
 
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