Inclusão

Receita de Inclusão

Ingredientes:
  • 30 a 40 crianças genéricas (isto é, sem rótulos) da mesma faixa etária, ambos os sexos, com habilidades e competências heterogêneas
  • 1 a 2 crianças com rótulos catalogados na CID, CIF ou qualquer outra tabela não periódica.
  • 1 pacote de apostilas ou livros didáticos pasteurizados (não use produtos in natura que podem atacar os neurônios dos professores)
  • 1 pacote de avaliações que sejam rigorosamente idênticas na forma e no conteúdo
  • Giz a gosto

Modo de preparação
Pegue todos os ingredientes e coloque num liquidificador da marca "Saladeaula" e bata em alta velocidade por 200 dias letivos, até formar uma pasta completamente homogênea.

Caso, durante o processamento, a massa forme grumos de personalidade, brilhantismo ou atraso, encaminhe o ingrediente resistente para ser dissolvido por um especialista.

Se, mesmo assim, o ingrediente não se adaptar à massa, descarte-o, culpando os fornecedores (da marca PaieMãe) por sua má qualidade ou recomende que seja levado para um liquidificador especial (os melhores são os importados da marca Segregator).

Ao final do processo coe toda a pasta em peneiras de provas locais, regionais, nacionais, internacionais e aeroespaciais. Se você perceber que algum ingrediente corre o risco de não passar na prova e prejudicar o bônus do cozinheiro, sugira que ele fique doente no dia da prova.


Sirva acompanhado de reportagens laudatórias em revistas educação e inclusão.

Artigo de autoria de Fábio Andiron postado em seu blog "Inclusão : ampla, geral e irrestrita"
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3 votos

1.Comportamento é comunicação.
Todo comportamento acontece por uma razão. Ele conta para você, mesmo quando as minhas palavras não podem fazê-lo, como eu percebo o que está acontecendo ao meu redor. Comportamento negativo interfere no meu processo de aprendizagem. Entretanto, simplesmente interromper esses comportamentos não é suficiente; ensine-me a trocá-los por alternativas adequadas de modo que a aprendizagem real possa fluir. Comece por acreditar nisto: eu verdadeiramente quero aprender a interagir de forma apropriada. Nenhuma criança quer receber uma bronca por comportamento negativo. Esse comportamento geralmente quer dizer que eu estou atrapalhado com sistemas sensoriais desorganizados, não posso comunicar meus desejos ou necessidades ou não entendo o que se espera de mim. Olhe além do meu comportamento para encontrar a fonte da minha resistência. Anote o que aconteceu antes do comportamento: as pessoas envolvidas, hora do dia, ambiente. Um padrão emerge depois de um período de tempo.
2. Nunca presuma nada.
Sem apoio de fatos uma suposição é apenas uma suposição. Posso não saber ou não entender as regras. Posso ter ouvido as instruções, mas não ter entendido. Talvez eu soubesse ontem, mas não consigo me lembrar hoje. Pergunte a si mesmo:
Você tem certeza que eu realmente sei como fazer o que você está me pedindo? Se de repente eu preciso correr para o banheiro cada vez que preciso fazer uma folha de matemática, talvez eu não saiba como fazer ou tema que meu esforço não seja o suficiente. Fique comigo durante repetições suficientes da tarefa até que eu me sinta competente. Eu posso precisar de mais prática para dominar as tarefas que outras crianças.
Você tem certeza que eu realmente conheço as regras? Eu entendo a razão para a regra (segurança, economia, saúde)? Estou quebrando a regra porque há uma causa? Talvez eu tenha pegado um pedaço do meu lanche antes da hora porque eu estava preocupado em terminar meu projeto de ciências, não tomei o café da manhã e agora estou morto de fome.
3. Procure primeiro por problemas sensoriais.
Muitos de meus comportamentos de resistência vêm de desconforto sensorial. Um exemplo é luz fluorescente, que foi demonstrado muitas vezes ser um problema para crianças como eu. O som que ela produz é muito perturbador para minha audição supersensível e o piscar da luz pode distorcer minha percepção visual, fazendo com os objetos pareçam estar se movimentando. Uma luz incandescente ou as novas luzes econômicas na minha carteira vai reduzir o piscar Ou talvez eu precise sentar mais perto de você; não entendo o que você está dizendo porque há muitos sons “entre nós” – o cortador de grama lá fora, a Maria conversando com a Lurdes, cadeiras arrastadas, o som do apontador. Peça à terapeuta ocupacional da escola para dar algumas idéias sensoriais que sejam boas para todas as crianças, não só para mim.
4. Dê um intervalo para auto regulação antes que eu precise dele
Um canto quieto com carpete, algumas almofadas livros e fones de ouvido me dão um lugar para me afastar quando preciso me reorganizar sem ser distante demais que eu não possa voltar para o fluxo de atividades da classe de forma tranqüila.
5. Diga o que você quer que eu faça de forma positiva ao invés de imperativa.
“Você deixou uma bagunça na pia!” é apenas a afirmação de um fato para mim. “Não sou capaz de concluir que o que você realmente quer dizer é: por favor, lave a sua caneca de tinta e ponha as toalhas de papel no lixo”. Não me faça adivinhar ou ter de descobrir o que eu devo fazer.
6. Tenha uma expectativa razoável.
Uma reunião de todas as crianças no ginásio de esportes e alguém falando sobre a venda de balas é desconfortável e sem significado para mim. Talvez fosse melhor eu ir ajudar a secretária a grampear o jornalzinho.
7. Ajude-me a fazer a transição entre atividades.
Leva um pouco mais de tempo para eu fazer o planejamento motor de ir de uma atividade para outra. Dê-me um aviso de que faltam cinco minutos, depois dois, antes de mudar de atividade – e inclua alguns minutos extras no final para compensar. Um relógio, com o mostrador simples ou um “timer” na minha carteira pode me dar uma dica visual sobre o tempo para a próxima mudança e me ajudar a lidar com o tempo mais independentemente.
8. Não torne pior uma situação ruim.
Sei que embora você seja um adulto maduro às vezes você pode tomar decisões ruins no calor do momento. Eu realmente não tenho a intenção de ter uma crise, mostrar raiva ou atrapalhar a classe de qualquer outra forma. Você pode me ajudar a encerrar mais rapidamente não respondendo com um comportamento inflamatório. Conscientize-se de que estes comportamentos prolongam ao invés de resolver a crise:
- Aumentar o volume ou tom de voz. Eu escuto os gritos, mas não as palavras.
- Imitar ou caçoar de mim. Sarcasmo, insultos ou apelidos não me deixam sem graça e não mudam meu comportamento.
- Fazer acusações sem provas.
- Adotar uma medida diferente da dos outros.
- Comparar com um irmão ou outro aluno.
- Lembrar episódios prévios ou não relacionados.
- Colocar-me em uma categoria (“crianças como você são todas iguais)”.
9. Critique gentilmente seja honesta – você gosta de aceitar crítica construtiva?
A maturidade e auto confiança de ser capaz de fazer isso pode estar muito distante das minhas habilidades atuais. Você não deveria me corrigir nunca? Lógico que sim. Mas faça-o gentilmente, de modo que eu realmente consiga ouvir você.
- Por favor! Nunca, nunca imponha correções ou disciplina quando estou bravo, frustrado, super- estimulado, ansioso, “ausente” ou de qualquer outra forma que me incapacite a interagir com você.
- Lembre-se que vou reagir mais à qualidade de sua voz do que às palavras. Vou ouvir a gritaria e o aborrecimento, mas não vou entender as palavras e consequentemente não conseguirei descobrir o que fiz de errado. Fale em tom baixo e abaixe-se para falar comigo, de modo que esteja falando comigo no mesmo nível.
- Ajude-me a entender o comportamento inadequado de forma que me apóie, me ajude a resolver o problema ao invés de punir ou me dar uma bronca. Ajude-me a descobrir os sentimentos que despertaram o comportamento. Posso dizer que estava bravo mas talvez estivesse com medo, frustrado, triste ou com ciúmes. Tente descobrir mais que a minha primeira resposta.
- Ajuda quando você está modelando comportamento adequado para responder à crítica.
10. Ofereça escolhas reais – e apenas escolhas reais.
Não me ofereça uma escolha ou pergunte “você quer…?” a menos que esteja disposto a aceitar não como resposta. “Não” pode ser minha resposta honesta para “Você quer ler em voz alta agora? ou você quer usar a tinta junto com o Pedro?” É difícil confiar em alguém quando as escolhas não são realmente escolhas.
Você aceita com naturalidade o número enorme de escolhas que faz diariamente. Constantemente escolhe uma opção sobre outras sabendo que ter escolhas e ser capaz de escolher lhe dão controle sobre sua vida e futuro. Para mim, escolhas são muito mais limitadas, e é por isso que pode ser difícil ter confiança em mim mesmo. Dar-me escolhas freqüentes me ajuda a me envolver mais ativamente na minha vida diária.
- Sempre que possível, ofereça uma escolha dentro do que tenho de fazer. Ao invés de dizer: “escreva seu nome e data no alto da página” diga: você gostaria de escrever primeiro o nome ou a data? Ou “qual você gostaria de escrever primeiro: letras ou números?”. A seguir diga: “você vê como o Paulo está escrevendo o nome no papel?”
- Dar escolhas me ajuda a aprender comportamento adequado, mas também preciso entender que há horas em que você não pode escolher. Quando isso acontecer, não ficarei tão frustrado se eu entender o por que:
▫ ”não posso deixar você escolher nesta situação porque é perigoso. Você pode se machucar.
▫ não posso dar essa escolha porque atrapalharia o Sérgio (teria um efeito negativo sobre outra criança).
▫ eu lhe dou muitas escolhas mas desta vez tem de ser a escolha do adulto.
A última palavra: ACREDITE.
Henry Ford disse: “quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo”. Acredite que você pode fazer uma diferença para mim. É preciso acomodação e adaptação, mas autismo é um distúrbio não pré fixado. Não há limites superiores inerentes para aquisições. Posso sentir muito mais que posso comunicar e a coisa que mais posso perceber é se você acredita ou não que “eu posso”. Espere mais e você receberá mais. Incentive-me a ser tudo que posso ser, de modo que possa seguir o caminho muito depois de já ter saído de sua classe.
fonte:http://inclusaobrasil.blogspot.com/
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Inclusão pede flexibilização

Posted on: 02/05/2010

Levar cada um a aprender exige abertura para diferenciar tanto o programa como as práticas

Ferdinando Casagrande (novaescola@atleitor.com.br)
Imagine um cenário de sonho: sala bem equipada, laboratório e biblioteca completos, professores auxiliares e uma turma atenta, ávida para ouvi-lo e interessada em trabalhar. Agora, professor, responda com franqueza: todos esses estudantes vão aprender da mesma forma tudo o que você ensinar? Quem está há algum tempo à frente de um quadro-negro sabe que a resposta é não.
Um aluno nunca é igual a outro. Perceber o potencial de cada um e atingir a classe inteira é um desafio contínuo que muitas vezes parece mais difícil do que encontrar a sala dos sonhos do cenário acima. Para chegar lá, além de estudar muito e se aprimorar sempre, é necessário saber ser f lexível. Durante o planejamento de suas aulas, você – com a ajuda da coordenação pedagógica e de colegas – deve encontrar novas formas de ensinar. Essa tarefa, que já é importante normalmente, se torna imprescindível quando há na classe alunos com necessidades educacionais especiais. As principais flexibilizações a serem feitas referem-se a quatro aspectos.
ESPAÇO
Adaptação do ambiente escolar para permitir que todos tenham acesso às dependências da escola. Isso inclui rampas e elevadores, mas não só. Entram aí também o reordenamento da sala de aula, por exemplo, e a identificação de materiais em braile para que um cego possa se locomover e encontrar o que procura com autonomia.
TEMPO
Determinação de um período maior para que crianças e jovens possam retomar conteúdos, realizar tarefas mais complexas, entregar trabalhos e realizar provas. Um surdo pode precisar disso nas aulas de Língua Portuguesa, por exemplo, quando tiver de redigir um texto.
CONTEÚDO
Adequação do programa previsto no currículo ou no planejamento de cada aula com o objetivo de garantir que estudantes com necessidades educacionais especiais aprendam bem parte da matéria, em lugar de se dispersar por enfrentar desafios acima de suas possibilidades. Uma criança com síndrome de Down que não consegue fazer cálculos mais complexos sobre juros, por exemplo, tem condições de aprender a calcular o troco numa compra.
RECURSOS
Busca de materiais didáticos ou de outras estratégias para ensinar determinados conteúdos, facilitando a aprendizagem. É a mais comum, geralmente relacionada a todos os tipos de deficiência.
Cada uma delas será tratada em quatro reportagens publicadas nas próximas páginas. Porém, nas histórias de 15 colegas que incorporaram essas diferenciações em sua prática, fica fácil perceber que uma vem sempre acompanhada de outra. Ao mesmo tempo em que um professor estende o período determinado para um trabalho, oferece um material alternativo a quem precisa. Essa abertura, no entanto, não basta se as atividades, em si, não tiverem qualidade. Por isso, NOVA ESCOLA apresenta também planos de aula baseados nas propostas desses educadores. Você vai perceber que, quando a aula é bem sistematizada, muitas das flexibilizações beneficiam não só os que têm deficiência, mas a classe inteira. E todos aprendem.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/adequar-caminho-511134.shtml
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Inclusão é lei e Direito dos portadores de necessidades especiais é dever de cada cidadão deficiente ou não fazer acontecer esses direitos.
O Governo de Minas implantou o Projeto Incluir para melhorar a Inclusão em nosso Estado.
A E. E. Professora Neiva Maria Leite, recebeu verbas para a implantação da sala e aquisição de materiais pedagógicos adequados para a educação das crianças do nosso município.
Por falta de espaço físico, a sala de recurso está montada no Centro Infantil Criança Feliz, com o apoio do Prefeito José Geraldo Franco Martins.
A União entre Estado e Município é o primeiro passo para realmente fazer acontecer a inclusão.
Como mãe, posso afirmar que a sala é um sucesso.
As aulas estão sendo ministradas pela professora Aldaisa Helena marques Helluany que além de desenvolver um ótimo trabalho com as crianças, despertam nelas o desejo de aprender.
Inclusão não é um assunto fácil de entender ou aceitar, por isso a dificuldade de muitos profissionais em entender que o objetivo da sala de recurso é oferecer oportunidade aos portadores de necessidades especiais à chance de alcançar a sua cidadania, melhorando o convívio social através do desempenho escolar.
Mas para chegar a essa conclusão às vezes é necessário sentir na pele.
O que eu já passei com o Gustavo eu não desejo para ninguém, portanto peço à Deus que faça os seres humanos a serem mais humildes e aceitarem as diferenças.
O Gustavo entrou na escola e só se adaptou agora em 2010, tudo tem o seu tempo e a sua hora.
Como profissional da educação estou sempre disposta a estudar e aprender a lidar com a realidade de cada momento.
Ninguém é mais inteligente que o outro, cada um tem saberes diferente.
Para o Governo facilitar a Inclusão, deveria ser oferecidos cursos de Capacitação para todos os profissionais da escola, na própria escola, já que o grande problema em praticar a inclusão É A FALTA DE CAPACITAÇÃO PARA LIDAR COM CRIANÇAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS. O curso deve ser na escola, pois se for oferecido em outro município ou local, muitos profissionais não terão a oportunidade de participar.
Nós mães nunca fizemos cursos de capacitação para aceitar um filho portador de necessidades especiais, o aprendizado vem do coração e do convívio no dia a dia.
Posso afirmar que meu filho me ensina muito. Obrigado Papai do Céu por me conceder o privilégio de ser Mãe do Gustavo.
Faz anos que ouço falar em inclusão, e também do preconceito.
Minha luta pela inclusão começou em 2005, quando meu filho Gustavo teve que ser matriculado no pré-escolar. O que pra muita gente é uma rotina, pra mim virou uma batalha conquistada aos poucos.
Meu filho foi matriculado, todos o receberam bem e o trataram com muito respeito e carinho.
Mas a escola em si, não estava e nem está preparada para receber crianças especiais.
Ele estava na sala de uma ótima professora, mas ela não tinha curso para trabalhar com essas crianças, e nem é por falta de interesse e sim, falta de oportunidade.
Como atender uma criança especial no meio de 25 outras crianças. Uma criança especial ocupa lugar de no mínimo 10 crianças.
É fácil para os governantes criarem leis, o difícil é praticá-las.
Antes de criar a Lei da Inclusão de crianças com necessidades especiais em escolas normais, deveria ter capacitado os profissionais da educação.
Ele sentiu que não tinha a atenção que merecia, e saia da sala sempre, ela o buscava, mas ele voltava.
Ele gostava de ficar na secretaria picando cartão de ponto...
Fazia isso até se enjoar, depois pedia as funcionárias que sempre tiveram muita calma e paciência para me ligar para buscá-lo.
E foi assim 2 semanas, até que nada fez ele ir pra escola.
Tentei de tudo, dar prêmio. Mas a família toda falava: “ele está muito novo, ao no que vem ele vai.”
Chegou o ano de 2006, e o governo de minas criou a Lei do ensino fundamental de nove anos.
Mais uma vez, matriculei-o. Fui atendida pela Diretora da época que me atendeu muito bem e foi apresentá-lo a possível professora.
Ela foi muito sincera “Eu não posso ficar com o Gustavo na minha sala, estou com 23 alunos, não tenho condições de atender as necessidades dele.”
Eu sabia que ela estava falando da falta de estrutura e de formação.
Então a Diretora pediu para ele vir à tarde, a professora era a mesma do ano anterior.
Eu entrava para sala de aula com ele e sentava ao seu lado. Tinha outro pai que fazia a mesma coisa.
Sentia-me incomodada, parecia que tirava a liberdade da professora. Mas essa situação só durou duas semanas. Ele falava que não aprendia nada, sua cabeça doía com o barulho de tanta criança.
Desisti mais uma vez.
Em 2007 após longas conversas com toda família e psicólogas, matriculei-o novamente.
Desta vez parecia que ia dar certo, ele ia pra sala de aula da professora que El adora até hoje, só que eu tinha que ficar sentada para ele me ver.
Ele não sentava, mesmo com esforço da professora que sempre foi muito carinhosa, ele não fazia nada.
Essa situação durou três semanas.
Eu havia pedido auxilio na Superintendência de Ensino e tinha sido avisada que aquele dia o pessoal responsável pela inclusão iria visitar a escola para ver como ele estava indo.
A supervisora me abordou e perguntou “O que você ta achando do Gustavo?”

Respondi: “esse ano ele está bem melhor, mas nem sentar na carteira ele senta. O pessoal da inclusão deve estar chegando e vai nos orientar melhor”.
Ela na tentativa de ajudar entrou na sala e disse “GUSTAVO, SE VOCÊ NÃO SE SENTAR EU VOU MANDAR SUA MÃE EMBORA.”
Pronto, foi o necessário para perder mais um ano de escola, ele começou a chorar e gritava: “VOCÊ NÃO MANDA AQUI, A ESCOLA É PÚBLICA, SE VOCÊ FIZER ISSO EU TE MATO.” Ela saiu muito triste e transtornada com aquela situação.
Fui encontrar com ele e a professora que estava super nervosa com a situação, ele dava vômitos de raiva.
Acalmei-o, ele falou “EU NUNCA MAIS VOLTO PRA ESCOLA.” Senti que estava falando o que estava sentindo.
Levei-o para conversar com a supervisora, ambos pediram desculpas. Mas ele continuou afirmando que não voltava mais pra escola e não voltou.
Em 2008, falei pra ele, “este ano você vai estudar, vai recuperar o tempo perdido”.
Ele concordou falou que queria aprender a ler.
Antes do ano letivo começar, o destino nos pregou uma peça. A válvula de drenagem de liquor encefalorraquidiano do seu cérebro parou de funcionar e ele teve que ser internado em Franca-SP.
ESTUDAR É PRECISO, MAS VIVER É NECESSÁRIO.
Começou um longo sofrimento, meu filho trocou a válvula, mas pegou infecção e a cirurgia se repetiu por 12 vezes.
Ele chegou a vir pra casa com Derivação Externa. Já sofremos muito, ele sofreu dores horríveis e eu sofri por não poder fazer nada a não ser rezar e acreditar em Deus acima de tudo.
Fez a última cirurgia em 20 de janeiro de 2009, teve alta no dia 27 de janeiro.
Em novembro de 2009, uma pessoa de alma generosa se ofereceu para ensinar o Gustavo a ler, eu e ele aceitamos. Ela vinha na minha casa de três a quatro vezes na semana. E o Gustavo foi aprendendo as primeiras palavrinhas com esse anjo que Deus me enviou chamado Lúcelia.
Mas ficou proibido de ficar no meio de muita gente por um ano.
Finalmente 2010, ele está bem, e freqüentando a escola.
O primeiro dia foi difícil, chegou em casa nervoso.
Está estudando na Escola Municipal Cônego Marinho e sua professora é a muito querida, ela o trata com imenso carinho e atenção, está sempre preocupada para que ele não se canse muito.
Eu fico na escola tempo integral de aula, mas longe de sua vista. Só o vejo na hora do recreio e da sopa, não se mistura com as outras crianças, tem medo de se machucar.
Mas já fez vários amigos e eu fico feliz com isso. Ele precisa ser criança, o sofrimento amadurece-o muito cedo.
Tem um coleguinha que vem aqui em casa, nós o adoramos, é o Cesinha.
Agora está se adaptando, não escrevia nada na sala de aula, trazia os trabalhos todos para casa. Os dois últimos dias até a tarefa ele fez na sala de aula.
Posso estar enganada, mas dessa vez vai ser diferente. Ele vai permanecer e continuar aprendendo.
Dificuldades, existem algumas:
• O prédio não é adaptado para cadeirante.
• Não existe um professor de apoio para atender melhor essas crianças.
• É necessário um vestuário adaptado, onde possa trocar fraldas ou até mesmo tomar banho
• Sala de recursos
• Material pedagógico adaptado
• Curso de capacitação para funcionários
Para inclusão acontecer basta realização e aceitação.
Perto do que muita mãe passa, me sinto tão abençoada por Deus.
Tenho que agradecer a Deus e pedir pra que faça o que for melhor para meu filho e para todos que me ajudam a cuidar dele.

Fabiana Lopes de Olvieira Cardoso
Delfinópolis, 01 de março de 2010
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O Gustavo já enfrentou tantas dificuldades, ultrapassou barreiras, conquistou vitórias...
Agora começa o ano escolar e mais um desafio a vencer...
Não sei porque mais esse é mais difícil.
Como convencer meu filho que escola é necessário.
Na verdade a única herança que ninguém nos rouba é o nosso conhecimento...
Para muitas crianças, escola é divertido. Para o Gustavo, como ele mesmo diz, é um tédio.
Mas vou tentar mais uma vez. Na verdade nada é fácil, mas não é impossível...
NÃO VOU DESISTIR.
Tenho muito a agradecer, meu filho é inteligente, carismático e graças à Deus está em casa comigo.
LEIS
INCLUSÃO?
O PALAVRINHA DIFICIL...
Ontem foi muito dificil, hoje foi melhor, quem sabe amanhã vencemos.
OBRIGADO A TODOS QUE NOS APOIAM.

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Quais são as características de pessoas com deficiência intelectual
 
Preconceito ainda é grande e conhecimento é fundamental para inclusão
22/04/2013 - 09:45

Cerca de 2,5 milhões de brasileiros têm alguma deficiência intelectual. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a limitação da inteligência não impede essas pessoas de estudarem, trabalharem e terem uma vida normal. O responsável por isso, na maioria das vezes, é o preconceito.
Segundo a Associação Americana sobre Deficiências Intelectuais e do Desenvolvimento (AAIDD, em inglês), uma série de fatores precisa ser levada em consideração para que os médicos possam fazer um diagnóstico de deficiência intelectual. Além do teste de Quociente de Inteligência (QI), também é necessário verificar se há duas ou mais limitações adaptativas. Essa categoria engloba, entre outras, a capacidade de lidar com atividades do dia a dia, o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento social. Os principais tipos de deficiência intelectual são as síndromes de Down, do X-Frágil, de Prader-Willi, de Angelman, e de Williams.
As causas destas limitações na inteligência são variadas e, em muitas situações, desconhecidas. Além da genética, alguns dos fatores de risco são tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas pela mãe durante a gestação. Prematuridade, baixo peso ao nascer e desnutrição até o fim da adolescência também estão na lista.
De acordo com a gerente de Serviço Socioassistencial da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE-SP), Valquíria Barbosa, o termo "pessoa com deficiência intelectual" é o mais adequado. "Não se deve falar em portador, já que ninguém carrega uma deficiência", diz. A expressão ´deficiente intelectual´ está correta, mas não é desejável.
Família, escola e trabalho
O relacionamento com a família é fundamental para o desenvolvimento de qualquer criança, mas no caso da deficiência intelectual essa convivência pode ser prejudicada pela falta de orientação. "Muitos pais tendem ou à rejeição, causada pelo preconceito, ou à superproteção", afirma Valquíria. "Elas pensam que seus filhos não vão conseguir se defender de outras crianças, por exemplo", completa. Por isso, as instituições costumam fazer trabalhos no sentido de que a família seja a base a partir da qual o jovem possa desenvolver todo o seu potencial sem ser visto como uma vítima.
Uma grande dúvida para todas as pessoas que têm filhos com esse tipo de limitação é a escolha da instituição de ensino. Para Valquíria, a escola regular é a melhor opção, já que as especiais muitas vezes têm níveis de exigência muito baixos, o que pode impedir o aluno de desenvolver melhor sua inteligência.
Para que a experiência em uma escola regular seja a melhor possível, é necessário que a instituição esteja disposta a se adaptar em alguns pontos. "Estas crianças precisam de atividades repetitivas para assimilar o que está sendo ensinado", diz Valquíria. Segundo ela, os conteúdos também devem ser flexibilizados. Em um processo de alfabetização, por exemplo, ela recomenda, como uma possível alternativa, que as letras sejam maiores e possíveis de manusear, e que o professor faça jogos que estimulem o aluno a escrever o próprio nome.
Depois da escola, outro lugar onde a inclusão é possível, desde que com orientação, é o mercado de trabalho. "Às vezes o empregador não enxerga que um determinado posto pode ser ocupado por uma pessoa com deficiência intelectual", diz Valquíria. Segundo ela, a APAE-SP trabalha nesse sentido fazendo um mapeamento das vagas disponíveis e adequadas aos possíveis candidatos. Além disso, é importante que o emprego seja acompanhado por uma instituição especializada, que possa assessorar a empresa em questões que surgem no dia a dia, como problemas de comunicação entre a pessoa com deficiência e os demais funcionários.
Fonte: http://redeglobo.globo.com/acao/noticia/2013/04/saiba-mais-sobre-caracteristicas-de-pessoas-com-deficiencia-intelectual.html
Tags: Pessoa com DeficiênciaSaúde
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12 coisas para ensinar a seus filhos sobre crianças com deficiência
Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com deficiência além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência intelectual. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com deficiência.
E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com deficiência.
Já que ninguém recebe um “manual de instrução sobre paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo perfeitamente; se eu não tivesse um filho com deficiência, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down e ocorrências genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais e mães ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!
1) Pra começar, não tenha pena de mim
“Sim, algumas vezes, eu tenho um trabalhão — mas minha vida não é nenhuma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”
— Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral

2) Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem pena de si mesma. Ela é uma ótima garota que adora tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”
— Shannon Wells, do blog “Cerebral Palsy Baby”; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral

3) Use o que eles tem em comum
“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiência são mais parecidas com eles do que são diferentes.”
— Michelle, do blog “Big Blueberry Eyes”; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down


4) Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças com autismo ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”
— Jana Banin, do blog “I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won’t Say Out Loud)”; mãe de Benjamin, que é autista

5) Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada só de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”
— Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe do RJ, que é autista (é ele, na foto abaixo, com sua irmã Ryan)


6) Encoraje seu filho a dizer “oi”
“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com deficiência, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”
— Katy Monot, do blog “Bird On The Street”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral.


7) Encoraje as crianças a continuar falando
“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto característico”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não têm nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”
 Lisa Quinones-Fontanez, do blog “Autism Wonderland”; mãe do Norrin, que é autista
8) Dê explicações simples
“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando algo que seus filhos já conhecem, que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”
— Kimberly Easterling, do blog “Driving With No Hands”; mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down


9) Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”
— Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomia 9


10) Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, sabe? Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças com deficiência entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”
— Jennifer Byde Myers, dos blogs “Into The Woods” e “The Thinking Person’s Guide To Autism”; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral.


11) Inicie uma conversa
“Nós estávamos no Museu das Crianças e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”
— Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral

12) Não se preocupe com o constrangimento
“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos de início de conversas ideais, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você quiser, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”
 Dana Nieder, do blog “Uncommon Sense”; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada

Traduzido por Andréa Werner, do blog “Lagarta Vira Pupa“, com revisão de Patricia Almeida
Por Ellen Seidman, do blog “Love That Max

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